quarta-feira, 30 de maio de 2012

As atividades economicas que dessenvolveram o nordeste

Para a delimitação das regiões geoeconômicas utilizaram-se como critério os aspectos histórico-econômicos que determinaram características semelhantes a um determinado espaço geográfico, como é o caso do nordeste. A região nordeste foi a primeira a ser explorada economicamente pelos europeus. No século XVI, os portugueses introduziram ocultivo da cana-de-açucar e em Pernambuco. No litoral nordestino, este produto encontrou condições favoráveis para o seu desenvolvimento, como o clima quente e úmido, o solo de massapê e a maior proximidade do nordeste com portugal em relação a outras regiões brasileiras.
No período colonial, cabia às colônias o fornecimento de produtos primários para as metrópoles, e tudo o que era produzido aqui portugal vendia para os países europeus. Por esse motivo, o governo português distribuiu terras, até então pertencentes aos indígenas, aos colonos portugueses para que plantassem cana-de-açúcar, cujos produtos seriam comercializados na Europa.

As plantações de cana-de-açúcar estendiam-se por grandes áreas, das quais uma pequena parte era oucupada pelos produtos de subsistência, e a casa grande, o engenho e a senzala completavam a paisagem. Como não houve preoucupação do governo português em desenvolver a pequena e a média propriedade, poucas pessoas tornaram-se proprietárias de grandes áreas de terra (latifúndios). Esta pessoas, por sua vez, passaram a comandar a vida econômica e política da região. Portanto, nos séculos XVI e XVII, a agroindústria da cana-de-açucar organizou a sociedade e, conseqüentemente, o espaço nordestino.
No final do século XVII e no início do século XVIII, este produto passou a ser cultivado em outras partes do mundo e, como não havia mercado consumidor para tanta produção, a atividade açucareira entrou em decadência e o nordeste perdeu a sua importância econômica. No século XVIII, a descoberta do ouro em Minas Gerais fez com que essa região começasse a atrair um grande número de pessoas e se trasformasse na região economicamente mais importante do país.
O nordeste é uma região associada à seca e à pobreza, devido à falta de solução para os problemas que nela ocorrem, os quais são originados, principalmente, nas áreas de ocorrência do cilma semi-árido. Entretanto, a seca que espalha a miséria e provoca o exôdo de famílias inteiras para as metrópoles do Centro-Sul e de outras regiões brasileiras é, antes de tudo, um antigo problema politico-social, pois, já em 1909, tentando solucionar os problemas resultantes dos longos períodos sem chuva, o governo criou o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), cuja tarefa era abrir poços e açudes na região nordestina.
Mas, passados 90 anos, as longas estiagens continuam castigando a população do Sertão e os problemas não foram resolvidos, porque existem pessoas que lucram com ela. Os fatos como o mau uso dos carros-pipas e a manipulação das frentes de trabalho (trabalho temporário, que aparece, principalmente, no período das secas), contribuem para o aumento da miséria no semi-árido.

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